quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Vem comigo?

setembro 18, 2014 0 Comments
E agora eu resolvi escrever prá você. É prá você mesmo. Que faz o meu mundo parar, o meu coração acelerar e que me fez ver sentido em coisas e momentos que há muito não fazia sentido algum.

É, você mesmo! A pessoa que eu me sentia menos confortável, que eu tinha um verdadeiro pânico em ficar perto, que não sabia como reagiria se...  Você que me entendia com o olhar, que sabia o que se passava quando nem eu sabia. Você que me conforta, me traz paz mas que talvez nem queira.

Você que me faz duvidar disso tudo. Que me fez acreditar que eram sentimentos parecidos por amores em comum. Você, com quem eu me sinto eu mesma e, é estranho! É simplesmente estranho, porque é como se em nenhum outro momento as coisas fizessem tanto sentido como quando estou com você. Mesmo que ainda não exista um nós, ou coisa parecida. Você que, meu coração não palpita de ansiedade,  que eu não confundo com todos que passam na rua, que eu não espero encontrar a cada esquina. Nenhum desses sentimentos e nem essa mão gelada e essa falta de saber o que falar ou como agir.... 

Você, que parece que conheço faz tempo e que me conforta com um olhar. Que a presença me acolhe, me enche de paz e de certeza que está tudo bem. Que eu não consigo disfarçar essa intimidade instantânea e assustadoramente real. Que cada gesto é reconhecido e, por isso é compreendido mas ao mesmo tempo, tudo é imprevisível! 

É! Eu que sempre me julguei boa em estratégias e que achava saber prever e entender o ser humano e desbancar alguns jogos, me vejo vulnerável com a sua presença. Mas tudo fica em paz! 

Nada que qualquer pessoa diga, não há conselhos e, venho chegando a conclusão que quase não há músicas e poemas, que expressem ou que prevejam o futuro dessa situação. Mas o futuro, hoje é o que menos importa e não é um amor inventado. Não é um amor de um só, de dois de três... é algo que não consegui definir e que vai além de todas as minhas vontades. É muito mais que um querer bem e é um querer tão bem que chega doer de dúvida.. De todos os meus caprichos e de tudo que eu tento para me afastar. E de todas as tentativas a minha maior vontade é te chamar para ficar. E o meu maior desejo é te ver aceitar. 

Por que estamos fugindo tanto, ou melhor tentando tanto fugir, de algo que parece nos atrair cada vez mais? 

E por que a calma impera? Por que a linguagem não expressa o que o coração quer dizer? Por que é tudo tão complicado e ao mesmo tempo tão fácil de ser dito? E por que, mesmo sem ser dito, tudo parece ser compreendido? 

Escrevendo agora, me pergunto se já não escrevi palavras tão desesperadas em outros momentos e chego a conclusão que provavelmente tenha uma penca dessas palavras guardadas em cartas e em caixas com os meus poemas do colegial. Aquelas poesias que sempre foram reprimidas, mas que nunca deveriam terem sido deixadas de ser escritas e aqueles sentimentos fortalecidos pela negativa ou pela inexistência de quem entendesse tamanha expressão. Era um grito há muito contido, mas que escrito deveria surtir efeito, mas não.. era uma total incompreensão...

Mas o que naquela época não fazia sentido, o que consumia os meus momentos nas aulas de trigonometria. Aquele monte de poesia! Aquilo tudo era a expressão do meu ser. Aquele escrever rápido e os textos enormes... o lápis.. o papel.. o amor.. aquilo tudo não fazia sentido prá ninguém, porque mesmo sempre sendo destinado a um alguém, poderia ter sido qualquer alguém porque era impossível que alguém entendesse, valorizasse ou ao menos que lesse até o final. Mas era a minha expressão do sentido de existir e de amar. Era o meu sentido de viver... 

Sempre foi... e sempre foram cartas sem destinatário... 

E me pergunto agora, nessa mesma situação, se o desespero ainda é uma constante. E chego a conclusão que não. Mas antes, os destinatários tiveram vários nomes e as cartas poderiam ser sempre as mesmas, pois os sentimentos acabavam se repetindo, mas agora não há o que se repetir, simplesmente porque não há o que comparar. Talvez, realmente só com o sentimento de quem um dia achou que sabia amar.. E agora é um ter a quem destinar! É configurar como verdade o que o só o coração sabia expressar... 

E não há a menor expectativa! Porque existe a certeza e não há a necessidade de expressar algo represado e tampouco esperar por um final feliz... porque só há o caminho... só há o agora... e é estranho... pois apesar de haver você, você não está aqui.... mas pegando emprestada a letra e talvez a melodia "é... só tinha que ser com você". É... senão não seria um amor e sim um medo de amar. 

E agora não existe mais medo... agora só existe o amor... mas existe o tempo... e existe você, o seu tempo e o meu.. 




Mas é uma história certa que se mostra incerta, uma incerteza estranha que não me faz esperar por nada já conhecido. NADA! Absolutamente nada que eu já tenha vivido e por uma nova fase, por um estranho velho conhecido que chega para tomar um café. É, o café... Não é a toa que muitos o utilizam para ler o futuro, pois o futuro sempre esteve alí... o café....

Uma calma e certeza e uma intimidade assustadora...  e uma certeza, como eu jamais tive... que tudo vai, muito mais que terminar bem, que tudo já está bem! E que desse jogo sem manual, eu não faço a menor ideia de qual pino movimentar... não sei que estratégia devo usar....  

E pelo pouco que posso perceber.... não sou a única nessa situação.... 

Mas talvez os únicos esquisitos parecidos que, não sei para sempre, não sei do ontem e nem do que vem a seguir.. mas que agora se encontram, se desencontram e precisam muito da segurança no outro para simplesmente seguirem..... juntos.... 

Somos livres e por mais contraditório que isso possa parecer, essa liberdade nos prende um ao outro, como velhos conhecidos que ainda não somos. Ou será que sonhamos? Será que nos vemos?

Eu não faço ideia do que vem pela frente.... eu vejo meus sonhos... e tenho a certeza muitas coisas já mudaram... e eu sei que  você sabe disso tudo, também. E mesmo sem declarações exageradas porque nesse amor de certezas não cabem exageros, só cabe sentimento. Então eu te asseguro que te amo, te estendo a minha mão e te prometo que estarei sempre contigo. Aonde quer que estejamos... 

Vamos juntos??? 





terça-feira, 2 de setembro de 2014

Eu escrevo para você, mas muitas vezes me pergunto se esse você, é realmente você ou sou eu. Se quem está se reerguendo e com um pouco de medo sou eu ou se isso tudo é você. Os sentimentos se confundem e muitas vezes a minha vontade é de ficar quietinha ou de ficar do ladinho ou quietinha juntinhos. Mas será que essa não sou eu e essa vontade e, sentimento não vem do que eu estou realmente querendo para a minha vida?

A gente sabe que vê no outro a confusão que sentimos, que os nossos sentimentos são externalizados no outro para que consigamos assimilar as nossas emoções. É uma constante e sempre será. Mas e essa dor que de vez em quando eu sinto? 

E essa dor da falta, como se fosse a falta do que não soubesse que precisava, como se fosse um encontro e desencontro? É uma dor física e uma necessidade um pouco maluca e infantil de ficar perto mas ao mesmo tempo, eu me pergunto se essa necessidade e essa vontade não seria de ficar perto de mim. Eu não sei e não tenho as respostas. Eu tenho medo de estar ficando meio paranóica, da minha parada nada estratégica ter me deixado tão envolvida nos meus próprios pensamentos a ponto de me fazer criar uma realidade inexistente em outras vidas para que eu possa ver sentido no que estou  vivendo. Ou na falta de movimento. 

Em me pergunto e, embora muitas vezes tenha me visto reflexiva, esse estado imposto é ao mesmo tempo novo e, estranhamente familiar. Eu vejo flashes da minha vida e sinto fatos voltarem a todo momento. E a cada volta, volta todo o sentimento como se tivesse sido ontem ou como se ainda não tivessem ocorridos. Coisas estranhas e acontecimentos sem sentido vem tomando conta da minha vida e dos meus pensamentos nos últimos trinta dias e, como que por mágica as pessoas e acontecimentos passados ou o que me preocupa vem se materializando, mesmo que eu não saia da minha cama ou dos meus pensamentos. 

Muito estranho! É uma vida em outra vida. Uma letargia em movimento. Um sem saber o que fazer e uma falta de sentido no dia seguinte mas que ao mesmo tempo se transforma em sentido de uma vida. Eu posso não entender ainda o propósito dessa parada, de ser forçada a pensar tanto e a ficar quieta, de verdade. Mas o fato é que algumas coisas estão mudando além das palavras. Além daquela força quase infantil de fazer e ver o lado bom dos acontecimentos. Essa canalização de energia positiva é realmente o que eu acredito, mas eu tenho visto como os meus pensamentos vem se materializando no mundo em que eu vivo. Mesmo que esse mundo tenha se reduzido a 30 m2 nesses ultimos trinta dias. Mesmo pequeno, o mundo ficou maior ou melhor, está ficando maior. Mas por enquanto eu não consigo ver um sentido e não é uma alegria infantil, é uma calma que toma conta de mim nesse momento.

Talvez eu não consiga transmitir essa calma, talvez ainda seja difícil ver o mundo passando na janela e ficar mergulhada dentro de mim. Esse mergulho está sendo tão fundo e intenso quanto eu não pensei que pudesse ser, mas entre todas as coisas e todos os pensamentos, um constante não me sai da cabeça e, mesmo tendo todos os motivos para me preocupar com outras coisas, mesmo que sem poder vê-las acontecer, é o que não depende de mim que hoje me faz pensar. O que está acontecendo comigo?

E por que ver em alguém tão distinto, tão longe, uma identificação? Por que eu estou deixando isso acontecer? É o que eu me pergunto a todo momento e porque não passa? Por que está ficando cada vez mais intenso um sentimento que já deveria ter passado? Que eu já permiti,  já sofri e por que tanta confusão?

Foi difícil admitir? Na verdade ainda é! Só não consigo entender, não consigo ler e nunca vou conseguir saber o futuro, e se existe um futuro nessa situação, e para onde correr, fugir e o que esperar? Aliás, acho que eu só posso esperar... pacientemente... esperar que as coisas se resolvam...

E tudo.. absolutamente tudo... está se movimentando agora para que um novo caminho seja mostrado.

Sabe aquele outro caminho? Aquela outra estrada? Pois é... está quase pronta... com tijolos dourados, talvez. para que quando eu estiver pronta, possa bater os dois calcanhares e seguir por um novo caminho... por hora, eu só preciso esperar...

E de todas as angústias, porque a espera nem me angustia tanto, entendo o tempo e o momento. Mas eu juro por tudo que for preciso jurar, que eu só queria entender porque seria tão importante prá mim, e por que eu ando sentindo tanta falta de quem eu supostamente, ainda não tive.... de toda a minha angústia... essa falta e essa vontade, mesmo depois de tanta maturidade para entender o que tem que ser entendido... é a única coisa que eu não entendo. O que está acontecendo comigo? Por que eu queria tanto que você estivesse aqui comigo? Quem é você?

Por favor! Faça alguma coisa e venha logo! Porque eu não sei mais o que fazer....