quinta-feira, 15 de maio de 2008

coisas da modernidade

Estava hoje assistindo um documentário sobre crianças consumistas e como as crianças são influenciadas pelas mídia a se tornarem consumistas desde cedo... Uma empresa especializada em mkt infantil deu à crianças de 8 a 12 anos, os chamados tweens nos EUA, uma câmera fotográfica para que registrassem seus desejos e para que estes fossem repassados às empresas.


Unanimidade, fotografaram cartões de crédito. Só que não mais como as crianças de antigamente, que quando os pais falavam que não tinham dinheiro falavam para dar um cheque, sem o conhecimento de onde saía o dinheiro para cobrir os cheques... As crianças frisaram muito bem, queriam um cartão com saldo suficiente para satisfazer suas vontades.


Não se falou em balas, chicletes, mas sim em carros, salões de beleza. Nenhum ícone clássico da infância foi lembrado. Só queriam roupas de marcas famosas e produtos destinados originalmente aos adultos.


Em seguida falou-se da consumismo em bebês e em como a indústria anda explorando esse fillão. Agora, a maioria das grandes marcas têm sua versão baby, com o objetivo de fidelizar o cliente desde que ele não pode falar ou escolher o que quer. Assim, quando mais velho, terá uma relação emocional com a marca.


Falaram de Baby Einsten, Teletubbies, Barney e eu fiquei pensando, muito se fala e com tamanho saudosismo, da infância perdida, de como era viver antigamente, brincar na rua, correr, subiur em árvores. E tudo o que se atribui à essa "velha infância" com um saldo positivo.


Porém, e mesmo correndo o risco de ser massacrada, acredito ser um saudosismo exacerbado. Já que eu nunca subi em nenhuma árvore, não brincava na rua, tinha todas as Barbies que eram lançadas, todas as amigas da Moranguinho. Adorava tudo relacionado à Disney e suas princesas, sonhei conhecer a Disneylandia e me emocionei quando realizei esse sonho.


Confesso que fui, e sou consumista, talvez por isso faça uma especialização em marketing hoje.


E não acho que fui menos, ou mais feliz, que as crianças que fizeram tudo o que o clichê diz ser a infância perfeita. Não tenho parâmetros de comparação, já que digo pela minha vida, e certamente, como as crianças de hoje, eu e minha irmã infulenciávamos no consumo da família e certamente, meus filhos também o influenciarão.


Não gosto de saudosismo, não gosto mesmo, acho que o mundo segue em frente e quem fica parado no passado perde uma gama enorme de oportunidades que o futuro tem a oferecer. Aprendi a conviver com a minha época e, quem sabe, à frente do meu tempo, mas olhar prá trás, em alguns pontos é burrice.


O passado já passou e por mais lindo que possa ter sido não volta atrás, naquela época, certamente era um presente pior do que o tempo que o antecedia. Isso sempre irá existir.


Hoje vivemos na sociedade do consumo, e correndo o risco novamente de ser apedrejada, não vejo mal nenhum nisso. Hoje nossas escolhas são respeitadas e mesmo que isso seja uma forma de se enganar, eu não vejo porque não aproveitar o melhor que o presente tem a nos oferecer e construir um futuro em cima do que acreditamos.


Por mais escravos da mídia, que possamos ter nos tornado, somos livres para desligar a televisão, sair da Internet e principalmente para pensar. Na minha opinião, a liberdade de pensamento e de escolhas é muito mais significativa que subir em árvore e se atolar na lama...


Para ilustrar, uma foto do meu priminho com seu casaco Tommy Baby. Será que ele vai ser um feroz consumista nesse mundo selvagem?


9 comentários:

Dani disse...

OI Linda claro que lembro !! Tb perdi o contato , nem sei porque como vc está adorei a foto vc tá super bonita beijão boa sexta Dani

Lulu on the sky disse...

Consumismo é o q move a tv.
Thais, os comentários no blog são moderados portanto, nao fique desesperada se ele nao aparecer de imediato.
Big Beijos

CS Empreendimentos Digitais disse...

ooooooooi!
vim retribuir a visita!
vc tá linda com esse cabelo mais claro, amei!!!

um beijão
seu blog tá show com esse novo lay-out!
arrasou miga!
=]

Angela disse...

ai que priminho fofo!
8-))


Pois é menina.. o "Oncinha" nao vai aparecer nos próximos dias, porque acabou o sol..rs..hj deve ficar nublado..rs..

Ah, e sobre passarinhos, olha tem um, que eu nao consigo ver, porque e o passarinho cantava até as 11 de noite! nunca vi isso! e em frente a janela do meu apê tem uma árvore.. entao já viu...rs...

Sobre consumismo...é.. mundo moderno... problemas modernos...mas é o que vc escreveu, cada pode escolher entre desligar a tv ou nao...
né?

bjooooooooo e bom final de semana!!!

angel

Healthy Woman disse...

Oi amiga
Pois e, concordo com o que vc falou, mas tento me policiar ao maximo!
Menina, todas as vezes que eu postei algo que nada tinha a ver com RA ninguem comentou... na blogosfera light o povo quer e saber soooooooooo deste assunto. Uma vez uma "senhora" me criticou porque eu fugia do assunto, e que a blogosfera era light e nao de varios assuntos. Eu mereco ne? Credo!!!
Virei mais aqui!!!
bjs
Vick

Tiago Soarez disse...

Pois é!
As coisas realmente estão mudando, viu! Deus nos livre.

E o garoto com o casaco Tommy Baby foi o melhor! hehehehe

Gostei daqui, ;)

Beijos

Renata Silva disse...

Sou saudosista, sou consumista, sou publicitária formada (mas trabalho com RH, respondendo sua pergunta) e eu acho que isso tudo faz parte... O que não acho legal é o exagero.
Qto as crianças quererem cartoes, é simples, elas aprendem q é assim q se tem as coisas... Já vi muitas falando que só ir no caixa e passar o cartao q $$ sai!
Mas vai ver se alguém pensou em pagar essa fatura aí depois??? rs

Beijos

Susie - Q disse...

Sem duvida alguma concordo com voce.
consumir e conusmir.
porém tenho certa conciência ecologica, então talvez preservar mais nos ajude a consumir com mais liberdade, sem ser acusado de assassinos da natureza!
Adore, adorei!
Bjs.

Flávia disse...

Eu anda peguei a fase em que brincadeira de criança era subir em árvore. E, embora minha família tivesse uma situação financeira bastante confortável, fui acostumada desde o berço a conviver com os "nãos". Isso foi fundamental para que eu aprendesse a valorizar o dinheiro e não cair de cabeça na armadilha do consumismo. Mas cada um sabe o que lhe faz feliz nessa vida... não tenho nada a ver se alguém entra no shopping e torra um dinheiro absurdo numa calça jeans, ou numa bolsa, ou num vestido que provavelmente nunca irá usar - só fico triste que muita gente dessas gerações que vieram depois da minha enxergue mais valor numa modinha bacaninha e passageira do que em valores realmente importantes, como personalidade, inteligência e bom senso. Mas enfim, cada um sabe o que fazer com o seu dinheiro...

Obrigada de coração por assinar a petição dos animaizinhos :))

BeijoS!